terça-feira, 10 de novembro de 2009

Relação complicada

Apesar de serem os principais membros do Mercosul, estão cada vez mais complicadas as relações comerciais entre Brasil e Argentina. A instabilidade econômica e política da Argentina e a adoção de medidas protecionistas estão afetando diretamente as tranzações comerciais entre os dois países vizinhos. O impasse que se gerou a partir de medidas adotadas pelos dois países está causando impacto negativo no volume geral das exportações brasileiras e, em especial, do Rio Grande do Sul, que por sua localização geográfica e seu perfil produtivo já teve a Argentina como seu maior parceiro nas negociações comerciais com exterior. Há cerca de um ano o governo argentino decidiu revogar as licenças automáticas de importação para vários produtos brasileiros , alegando estar protegendo suas indústrias. Além da volta da exigência de taxas convencionais - antes abolidas por conta do Mercosul -, a medida também submete a entrada de todos os produtos brasileiros naquele país à burocracia tradicional, imposta a países não integrantes do Mercosul. O resultado de todo esse impasse pode ser visto no Porto Seco de Uruguaiana, onde há mais de 15 dias caminhões com todo o tipo de carga se acumulam à espera de liberação de licenças para a entrega efetiva das mercadorias. A licença não automática, como é conhecida, pode levar até 60 dias para ser concedida. Como a medida adotada pelo Governo brasileiro como resposta às ações argentinas não foi anunciada previamente, cargas encomendadas por brasileiros também estão emperradas na fronteira. Essa situação causa prejuízo tanto para os importadores brasileiros quanto para os transportadores. O Porto Seco de Uruguaiana está operando com sua capacidade máxima. Atualmente cerca de 700 caminhões aguardam no pátio.
Por Regina Oliveira - Mtb. 12144
Fonte: JC
Foto: Anderson Petroceli - ZH

Nenhum comentário:

Postar um comentário