segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Imperícia médica

Paciente operado no hospital Beneficência Portuguesa recorrerá ao Ministério Público (MP) para a efetiva retirada de pinos que foram colocados em um de seus joelhos e que estão sendo rejeitados pelo seu organismo. Em outubro de 2008, Paulo Alves Nunes, 38 anos, motorista profissional, se submeteu a uma cirurgia no joelho para reconstrução de menisco, que consistia na colocação de pinos no joelho. Algum tempo depois, entretanto, o organismo de Nunes começou a apresentar rejeição ao material colocado no joelho, o que ocasionou um quadro infeccioso. De volta ao hospital, com fortes dores por conta da infecção, o paciente foi submetido a novo raio x do joelho, o qual confirmou a necessidade de uma nova cirurgia, a fim de retirar os pinos colocados. A cirurgia foi marcada e, supostamente, realizada pelo médico ortopedista, Paulo Copch. Nunes, no entanto, continuou com dores e os sintomas de infecção. Diante desse quadro, o motorista retornou, mais uma vez, ao hospital, tendo sido encaminhado para a realização de mais um raio x, que para sua surpresa apontou a permanência dos pinos em seu joelho. Nunes relata que o médico que o operou, colocado ao par do resultado do último raio x, firma a posição de que retirou, sim, os pinos de seu joelho. Diante do impasse, e com muita dor e dificuldade para andar, o motorista profissional tentou ingressar na justiça comum, a fim de conseguir uma nova cirurgia para a retirada efetiva dos pinos, mas, segundo relata, sua solicitada de abertura de processo foi negada. Já sofrendo de distúrbios emocionais, por conta da situação que se prolonga sem solução. "Ele (o médico) recebeu pelos dois procedimentos, sendo que no segundo não efetivou o propósito da cirurgia" ressalta o motorista. Nunes diz que ingressará, agora, com denúncia no MP.

Por Silvio Lara
Edição: Regina Oliveira - Mtb. 12144

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